CP com novos horários
A CP vai implementar novos horários nas linhas de Sintra e da Azambuja a partir de 14 de junho.
Sintra vai continuar ligada à estação do Rossio, passando ainda a ter comboios para a estação do Oriente. Já a ligação de Meleças-Mira Sintra troca o Oriente pela estação da Baixa de Lisboa. As ligações Sintra-Alverca também vão manter-se, mas os comboios da Azambuja para Alcântara-Terra passam a fazer o trajeto até Santa Apolónia e a ligação de Castanheira do Ribatejo troca Santa Apolónia pela estação de Alcântara-Terra.
Segundo a CP o novo horário visa assegurar "intervalos iguais entre comboios", mantendo "o mesmo número de comboios por dia".
Para a estação do Rossio está prevista uma frequência de dez em dez minutos, com um aumento de quatro para seis comboios por hora, nos períodos de maior procura, e na Linha de Cintura, os comboios diretos do troço Sintra-Rio de Mouro passam "de dois para seis por hora". Por outro lado, a empresa considera a redução da frequência de comboios de 15 minutos para 20 minutos, fora das horas de ponta, nas "famílias" de Sintra e Meleças, com taxas de ocupação reduzidas, "na ordem dos 20%", permitirá reafectar recursos sem impacto negativo na procura.
As alterações pretendem evitar que cerca de 45% dos utentes do troço Sintra/Rio de Mouro (cerca de 10 mil por dia) deixem de fazer transbordo, para a Linha de Cintura, embora obrigando a mudar de comboio parte dos 28% (cerca de seis mil/dia) que se dirigem para o Rossio. O novo horário implicará ainda alterações nas plataformas de embarque e desembarque, na Linha da Azambuja, nas estações de Oriente, Moscavide, Sacavém, Bobadela, Santa Iria e Póvoa.
As mudanças procuram responder a uma alteração da procura dos utentes que, desde o fecho do túnel do Rossio para obras entre 2004 e 2008, passaram a deslocar-se para Sete Rios e Entrecampos, na Linha de Cintura.
A proposta inicial da CP acabava com a ligação Sintra-Rossio, estação que receberia apenas os comboios de Meleças, mas a autarquia liderada por Basílio Horta (PS) conseguiu convencer a transportadora a manter a ligação direta com a Baixa lisboeta, principalmente por causa dos turistas que visitam a vila histórica.
Entre a autarquia e a transportadora presidida por Manuel Queiró foi ainda decidido que "a validade do passe L123 é estendida à estação de Meleças", quando até agora apenas podia ser usado até ao Cacém.
A fim de promover a utilização dos parques de estacionamento junto às estações, a CP vai negociar uma "redução do preço ou inclusão no passe mensal, em articulação com a Refer (Rede Ferroviária Nacional) e concessionários", para os utentes da ferrovia.
A CP, em comunicado, salientou a colaboração das autarquias de Amadora e Sintra, na criação do novo modelo que visa melhorar o índice de pontualidade do serviço e gerar um maior equilíbrio na ocupação dos comboios, evitando a sobrelotação e proporcionando "maiores índices de conforto".