O Governo acaba de colocar as cartas na mesa: um reforço de um milhão de euros para apoiar a descarbonização e digitalização do setor. Este valor duplica a verba que estava prevista para 2024 e é um sinal claro. O Estado está a apostar na modernização da frota, e esta é uma oportunidade que os profissionais de Sintra não podem ignorar.  

Este apoio tem dois motores. O primeiro é o mais visível: a eletrificação. Estamos a falar de um impulso sério para trocar o carro a combustão por um veículo 100% elétrico. Esta mudança é tão urgente que grupos ambientalistas como a Zero já propõem que, a partir de 2025, todos os novos táxis e TVDE licenciados sejam zero emissões.  

O que significa isto para quem chama um táxi em Mem Martins ou na Beloura? Significa uma viagem diferente. Sem o barulho do motor, sem vibrações e, mais importante, sem poluir o ar que respiramos na serra. O táxi tem aqui a oportunidade de ouro para se reposicionar: deixa de ser o "serviço antigo" e passa a ser a escolha clean-tech e confortável.

O segundo motor deste apoio é o digital. O Governo não quer financiar apenas o "hardware" (o carro), mas também o "software" (o serviço). O programa financia 50% da compra de novos taxímetros, impressoras de faturas e aplicações eletrónicas, até um limite de 5.000 euros.  

Porque é que isto interessa ao cliente de Rio de Mouro, Mem-Martins ou de Sintra? Chama-se confiança. Um taxímetro digital moderno e a capacidade de emitir uma fatura eletrónica no momento eliminam qualquer desconfiança sobre o preço. É a transparência total. Garante que a viagem é justa, clara e profissional, do princípio ao fim.  

Este milhão de euros não é apenas um subsídio. É uma declaração de intenções. A "guerra" da mobilidade já não se ganha com protestos, mas sim com um serviço superior. Ao apoiar a transição elétrica e digital, o setor do táxi em Sintra tem a ferramenta de que precisava para se reinventar e mostrar a todos porque é, e continuará a ser, um serviço público essencial.