Continuam as negociações sobre a “fee” para os motoristas de táxi nos aeroportos portugueses
O Ministério da Economia, a FPT e a Antral estão há vários meses a negociar a criação de uma avença especial para os motoristas de táxi que queiram operar nos aeroportos portugueses.
As negociações entre a Secretaria de Estado dos Transportes, liderada por Sérgio Silva Monteiro, e os responsáveis da Antral - Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros e FPT - Federação Portuguesa dos Táxis não têm sido pacíficas.
Também a ANA - Aeroportos de Portugal tem participado nas conversações na qualidade de observadora.
Para além da questão do ‘fee' a ser pago pelos taxistas que pretendam transportar clientes chegados aos aeroportos nacionais não tem ajudado ao consenso a proposta adicional do pagamento de uma taxa suplementar em função das bandeiradas efetivamente cobradas pelos táxis nos serviços a partir dos aeroportos.
Paralelamente, e à semelhança do que já ocorre em diversos países, quando o novo regime for aprovado, uma parte considerável do acréscimo de custos implícito deverá recair sobre o consumidor final.
A aplicação destas medidas terá um efeito disciplinador no fluxo dos taxistas às plataformas de acesso aos terminais dos aeroportos e representará ainda uma receita adicional para a ANA.
Jorge Ponce de Leão admitiu ainda que a ANA poderá vir a seguir uma outra tendência internacional, relacionada com as novas taxas para taxistas, e que consiste no fecho dos acessos rodoviários externos aos aeroportos, tecnicamente designados por ‘curb sides', com uma cancela em que o motorista individual ou de táxi recebe um bilhete que lhe permite estacionar naquele espaço, gratuitamente, por um período máximo de tempo, a partir do qual terá de pagar uma espécie de ‘portagem' para ali permanecer.