Antral avança com processo contra o estado por cobrança "indevida" de imposto
A Antral, associação que representa os empresários de táxis, pretende avançar com uma ação judicial contra o Estado por cobrança "indevida" do imposto único de circulação (IUC). De acordo com o Código Fiscal publicado em 2007 (Lei nº22-A/2007), os automóveis para transporte de táxi ficariam isentos do pagamento do IUC, "sem necessidade de requerer o benefício".
Sucede que, apesar da isenção atribuída pela lei, os empresários têm sido "indevidamente" obrigados a fazer prova, todos os anos, de que os seus automóveis servem como táxis, tendo para isso de se deslocar às respetivas repartições de finanças para apresentar as licença de atividade e cópias dos certificados de alvará das respetivas viaturas.
Segundo o presidente da Antral, ele próprio empresário do ramo - e vítima na primeira pessoa desta situação - considera que "os industriais de táxi não têm de fazer nenhuma prova relativamente aos automóveis, cabendo à Administração Fiscal obter essa informação junto do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT)".
De acordo com o presidente da Antral, a pressão das Finanças sobre as empresas do setor aumentou "desde há dois anos", e apesar de ter sido pedida uma reunião com o secretário de Estados dos Assuntos Fiscais, em agosto de 2013, não tendo sido dada qualquer resposta.
Assim sendo, na assembleia-geral que vai ser marcada para o mês de maio, a Antral vai apelar aos associados para fazerem prova dos problemas que têm tido neste domínio tendo em vista avançar com um processo contra o Estado apor cobrança indevida do IUC.
Recorde-se que a Antral tem cerca de 1300 associados com um total de 10.000 viaturas, representando cerca de 80% do setor.