Apesar do fraco impacto a ocorrência fez levantar uma preocupação antiga. Para o presidente do Conselho Português de Proteção Civil não basta a previsão destes fenómenos. Sismos e tsunamis podem ser eficazmente previstos, o Instituto Hidrográfico está preparado para tal. O problema está no sistema de alerta à população e respetiva formação sobre como lidar com estas ocorrências.

O Conselho Português de Protecção Civil (CPPC) já manifestou a sua preocupação junto dos serviços municipais de proteção civil, juntos dos grupos parlamentas e junto do governo, nomeadamente do Ministério da Administração Interna.

O presidente do CPPC refere que a probabilidade de ocorrer um tsunami depois de um sismo “é elevada” a partir de um tremor de terra de magnitude 6 na escala de Richter e desde que o epicentro ocorra no litoral.

Portugal tem um longo historial de sismos. Embora a média seja de baixa intensidade (abaixo dos 5), ainda em 17 de Dezembro de 2009 houve um tremor de terra de magnitude 6.1 na escala de Richter, com epicentro no mar, a 264 km de Lisboa.

Encontramos ainda registos de outros mais fracos em 2008 (sul de Óbidos – 3.5; sul de Faro – 4.2) e mais fortes: em 1998, no Faial, Pico e São Jorge, oito pessoas morreram e 1700 ficaram desalojadas. 

Por seu lado, o Ministério da Administração Interna assegura que “ainda esta semana a Comissão Nacional de Protecção Civil discutiu matérias relativas à prevenção do risco de sismo e tsunami, estando totalmente disponível para esclarecer todo o trabalho que tem sido feito nesse âmbito”.