Como a Revista Táxi e o site da FPT também já noticiaram em Junho passado, várias entidades, entre as quais a Federação Portuguesa do Táxi e a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, já haviam alertado para os perigos de acidentes com a circulação de bicicletas e motos nas faixas BUS.
Numa primeira fase, a proposta será aplicada uma zona piloto, como explicou à Agência Lusa o vereador João Gonçalves Pereira, do CDS-PP. O semanário “Expresso” noticiou que, a desde 1 de Maio, motociclos e ciclomotores estão autorizados a circular em 14 corredores BUS no centro do Porto, por um período experimental de seis meses. A experiência é acompanhada por um estudo da Universidade do Porto. A medida, que vai ao encontro de uma promessa eleitoral de Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, tem como objectivo reduzir o "tempo de viagem e os níveis de emissão de CO2", além de "aumentar" os níveis de segurança.

A FPT sublinhou a sua total discordância quanto às medidas, justificando que “não queremos a morte ou acidentes com ciclistas e motociclistas cheios de razão, apenas por que têm a lei do seu lado”, uma vez que para a Federação é difícil aceitar que nas faixas em que há espaço livre para a circulação específica dos transportes públicos circulem também veículos não motorizados ou outros, mais vulneráveis. Estas medidas vêm, segundo a FPT, complicar a circulação, tornando-a mais lenta e difícil, face às limitações das bicicletas e das próprias motos.

A FPT pretende que as faixas BUS continuem exclusivas para a circulação de transportes públicos, uma vez que motociclos, ciclomotores e bicicletas podem provocar mais acidentes, sendo obstáculos à circulação eficaz dos transportes públicos. A Revista Táxi já noticiou os destaques das alterações ao Código da Estrada neste quadrante e alertou para o facto de que “não chega ter razão, não é suficiente gozar da legitimidade da lei, há que prevenir para evitar o acidente” .